sexta-feira, 1 de novembro de 2013

HIV

01/11/2013 07h00

Cientistas decifram a estrutura de proteína que envolve o HIV

Conhecimento é importante para identificar vulnerabilidade do vírus.
Estrutura pode ser alvo de futuras vacinas para prevenir infecção por HIV.

Do G1, em São Paulo

 A proteína que envolve o HIV há muito tempo é considerada um dos alvos mais difíceis em biologia estrutural, e de grande valor para a medicina, particularmente para o desenvolvimento de uma vacina conta HIV. Na imagem, a proteína aparece conectada a anticorpos. (Foto: Cortesia do Wilson lab/The Scripps Research Institute.) A proteína que envolve o HIV há muito tempo é considerada um dos alvos mais difíceis da biologia estrutural, e de grande valor para a medicina, particularmente para o desenvolvimento de uma vacina conta HIV. Na imagem, a proteína aparece conectada a anticorpos. (Foto: Cortesia do Wilson lab/The Scripps Research Institute.)
Cientistas conseguiram desvendar a estrutura da proteína que envolve o HIV, molécula responsável por inserir o vírus nas células do sistema imunológico. Há bastante tempo, pesquisadores buscam detalhes sobre essa estrutura, já que o invólucro do vírus é um alvo em potencial que pode ser atacado por anticorpos do organismo ou por futuras vacinas.

As descobertas foram feitas por dois estudos complementares publicados na revista “Science” por pesquisadores do The Scripps Research Institute (TSRI) e da Faculdade de Medicina Weill Cornell.

“A maioria dos estudos estruturais anteriores sobre esse complexo focavam em subunidades individuais, mas precisávamos da estrutura de todo o complexo para definir de maneira adequada os locais de vulnerabilidade que podem servir como alvo para, por exemplo, uma vacina”, diz o pesquisador Ian A. Wilson, professor de biologia estrutural do TSRI, um dos autores do estudo.

Segundo os pesquisadores, a estrutura desse envelope é tão complexa e delicada que os cientistas têm tido dificuldade de obter a proteína em um formato que possa ser detectado por sistemas de imagem de resolução atômica. “Ela tende a se despedaçar, por exemplo, mesmo quando está na superfície do vírus, então para estudá-la, temos que encontrar uma maneira de torná-la mais estável”, diz Andrew Ward, também pesquisador do TSRI.

Os estudos chegaram às imagens de alta resolução da estrutura por técnicas que envolveram microscopia eletrônica, cristalografia de raiox-X. Os resultados mostraram que a estrutura passa por drásticas mudanças de formato durante a infecção e esclareceram as diferenças entre proteínas-envelope do HIV e de outros vírus perigosos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário