Por Bernardo Staut
Mitos e mistérios tornam alguns animais ainda mais fascinantes. Vamos
explorar algumas descobertas recentes, erros comuns e adaptações
incríveis.
10 – Papagaios não são apenas gravadores
A fala dos papagaios é geralmente lembrada como um gravador de penas.
Mas estudos que vem sendo feitos há 30 anos continuam a mostrar que
esses pássaros fazem muito mais do que apenas uma imitação. Nossos
amigos conseguem resolver tarefas linguísticas para crianças de 4 a 6
anos. Os papagaios parecem compreender conceitos como “igual” e
“diferente”, “maior” e “menor”, “nenhum” e números. E o mais
interessante é que eles combinam falas e frases, como em um a novela. Um
estudo de 2007 sugere o uso de padrões na fala dos papagaios para
desenvolver a fala em robôs.
9 – Elefantes são esquecidos, mas não burros
Os elefantes têm o maior cérebro – uma média de cinco quilogramas –
entre todos os mamíferos que já andaram na Terra. Mas eles usam a massa
cinzenta ao máximo? A inteligência é difícil de ser quantificada tanto
em humanos quanto em animais, mas o quociente de encefalização (QE), uma
média entre o tamanho do cérebro de um animal e o esperado para esse
tamanho dependendo da massa dele, têm uma boa relação com a habilidade
de passar obstáculos e desafios. A média de QE do elefante é 1.88 (os
humanos têm entre 7.33 e 7.69, os chimpanzés 2.45 e os porcos 0.27).
Inteligência e memória geralmente caminham juntas, o que sugere que a
memória do elefante, mesmo que não seja infalível, é muito boa.
8 – Por causa do tamanho, as girafas têm circulação sanguínea única
A gigante girafa, que tem a cabeça geralmente a uns cinco metros de
altura, desenvolveu essa adaptação para conseguir alcançar os alimentos
mais distantes. A vantagem é óbvia, mas algumas dificuldades surgem daí.
O coração precisa bombear quase o dobro do que o de uma vaca para que o
sangue não pare de subir antes de chegar à cabeça. E lá embaixo, a pele
das pernas precisa ser muito resistente.
7 – Muitos peixes mudam os órgãos sexuais
Com tantas criaturas andando por aí, é fácil esquecer que algumas das
mais esquisitas estão no fundo do oceano. A estranha prática do
hermafroditismo é mais comum entre peixes do que em qualquer grupo de
vertebrados. Algumas dessas mudanças, nos peixes, são respostas para um
ciclo hormonal ou mudanças ambientais. Outros possuem órgãos femininos e
masculinos.
6 – Pintinhos fraternos
É um erro pensar que a evolução está produzindo apenas animais
preocupados com si próprios. Laços de altruísmo existem para ajudar a
sobrevivência daqueles carregando material genético parecido. Os
pintinhos praticam uma seleção de parentesco fazendo um pio especial
enquanto comem. Esse chamado anuncia para todos os animais próximos que
foi encontrada comida. A chave da seleção natural não é a sobrevivência
do animal mais preparado, mas do melhor material genético, então um
pouco de fraternidade ajuda a todos.
5 – Os ratos toupeira não são cegos
Com seus fracos olhos e estilo de vida diferente, os ratos toupeira
africanos estão entre os roedores mais estranhos. Eles detectam um pouco
de luz, e já foi sugerido que usam os olhos mais para sentir as
mudanças do ar do que para enxergar. E de acordo com um estudo de 2006,
eles não gostam do que veem. Luz indica que talvez um predador tenha
entrado no túnel.
4 – Para os castores, os dias são longos no inverno
Os castores praticamente se escondem durante o inverno, vivendo de
comida armazenada ou dos depósitos de gordura em seus rabos. Eles
conservam energia evitando entrar em contato com o frio, preferindo
ficar nas escuras pilhas de madeira e lama. Como resultado, esses
roedores, que geralmente saem no pôr do Sol e retornam ao nascer, perdem
a noção do sono. O relógio biológico muda, passando a funcionar em um
ritmo diário de 29 horas.
3 – Pássaros usam pontos de referência em longas viagens
Você consegue imaginar uma viagem de carro sem placas, indicações,
GPS ou mapas? Claro que não, e por isso você não é um pássaro. Pombos
podem voar milhares de quilômetros para encontrar o mesmo local, sem
dificuldades. Algumas espécies de pássaros fazem um viagem de ida e
volta de mais de 30 mil quilômetros todos os anos. Algumas usam imãs
naturais para se orientar com o campo magnético da Terra. Um estudo de
2006 sugere que os pombos usam pontos familiares no chão para achar o
caminho de casa.
2 – Leite de baleia não é dietético
Cuidar de um recém-nascido não é fácil para uma baleia. Após a
gestação de 10 a 12 meses, o bebê nasce com quase um terço do
comprimento da mãe – o que significa uma criança de quase 10 metros,
para a baleia Azul. A baleia espirra o leite na boca do filho através de
músculos ao redor da glândula mamaria, enquanto a criança se mantém
firme no mamilo (sim, baleias têm mamilos). Com quase 50% de gordura, o
leite de baleia têm cerca de 10 vezes mais gordura do que o humano, o
que permite à criança ganhar bastante peso – quase 100 quilogramas por
dia.
1 – Crocodilos engolem pedras para nadar
O estômago de um crocodilo é um tanto rochoso, por algumas razões.
Para começar, o sistema digestivo do animal têm de tudo, incluindo
tartarugas, peixes e pássaros, até girafas, búfalos, leões e (quando
acontece uma briga territorial) crocodilos. Em adição a esse
ecossistema, existem pedras também. Eles engolem grandes pedras que
ficam permanentemente em suas barrigas. Dizem que elas são úteis para
mergulhar.
Fonte: Hypescience /
LiveScience.
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