Cinco aumentos que podem mexer com seu bolso em 2014
Passado o clima de confraternização do réveillon, as despesas que
tradicionalmente marcam os primeiros meses do ano novo já batem à porta.
Em algumas semanas os boletos do Imposto Predial Territorial Urbano
(IPTU) e do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
devem começar a ser entregues. A isso, somam-se as matrículas dos filhos
na escola, livros, material escolar, coisas que estão fora da planilha
regular de despesas mensais e que, geralmente, vêm mais caras a cada
ano.
E janeiro de 2014 traz algumas novidades a mais nesse âmbito, que também podem mexer com seu bolso. Confira:
Ônibus
As reduções ou estabilizações de preços de passagens de ônibus
conseguidas em 2013 após as manifestações que tomaram as ruas do país
podem ser cobradas agora em 2014. As empresas já vêm se mobilizando por
um reajuste e, pelo menos no Rio de Janeiro, a prefeitura já assinalou a
possibilidade.
Imposto de renda
Mais brasileiros vão pagar Imposto de Renda. A nova tabela do tributo
entrou em vigor no primeiro dia do ano e reajusta os valores de
referência em 4,5%. Com isso, os salários pagos a partir de janeiro
serão tributados levando em consideração os novos valores:
Isento de declaração: quem ganhar até R$ 1.787,77 por mês
Alíquota de 7,5%: quem ganha entre R$ 1.787,78 e R$ 2.679,29
Alíquota de 15%: quem ganha de R$ 2.679,30 a R$ 3.572,43
Alíquota de 22,5%: quem ganha de R$ 3.572,44 até R$ 4.463,81
Alíquota de 27,5%: para quem ganha acima de R$ 4.463,81 por mês
Vale lembrar que esses valores serão tomados como referência para a
declaração de 2015. A declaração que deverá ser feita neste ano tomará
como parâmetro a tabela de 2013.
IPI mais alto
Quem tem planos de comprar um carro novo pode se preparar para pagar
mais por isso. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), reduzido
pelo governo para estimular o mercado durante a crise, voltou para o
patamar original. Os carros populares (1.0) passam a ter alíquotas de 3%
(antes era de 2%) e, em julho, o percentual pode subir para 7%, valor
que vigorava antes de o governo anunciar a redução. Os veículos 1.0 e
2.0 flex passaram de 7% para 9% e podem chegar a 11% em junho.
IOF mais alto para compras no exterior
Compras no exterior, uso de cartões de débito no exterior, compras de
cheque de viagem e carregamento de cartões pré-pagos passam a ter uma
tarifa maior do Imposto Sobre Operações Financeiras. De 0,38% o
percentual passa agora para 6,38%. O objetivo do governo foi igualar os
valores pagos nessas transações ao das compras com cartão de crédito
internacional.
Salário mínimo
Não são só as despesas que vão aumentar. O salário mínimo também terá
um novo valor. Passará dos atuais R$ 678 para R$ 724. Mas,
infelizmente, continua baixo. O último valor apresentado pelo Dieese
(Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos)
para o "salário mínimo ideal do brasileiro" foi de R$ 2.824,92. A
notícia "boa" é que nos últimos 10 anos a diferença entre o mínimo real e
o ideal caiu bastante. Em 1993, o ideal era cerca de nove vezes maior
que o real. Hoje, é "apenas" quatro vezes.
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