sábado, 14 de dezembro de 2013

Ansiedade


12/12/2013 10h28 - Atualizado em 12/12/2013 11h45

Ansiedade que foge do controle não é normal e deve ser investigada

Bem Estar desta quinta-feira (12) deu dicas para se controlar no fim do ano.
Em alguns casos, ansiedade é normal e pode até ser necessária; entenda.


Ficar ansioso diante de tarefas importantes, novos desafios ou oportunidades ou no aguardo de uma notícia é normal e pode até ser necessário em alguns casos.
Porém, quando a ansiedade foge do controle e passa a dominar todos os aspectos da vida, tornando-se um pensamento repetitivo que impede o foco no trabalho e outras atividades, isso pode ser um sinal de alerta - nesse caso, é preciso investigá-la com um médico, como alertou o psiquiatra Daniel Barros no Bem Estar desta quinta-feira (12).
As crianças, por exemplo, costumam ficar ansiosas por causa da troca de escola ou situações maiores, como medo de perder os pais, por exemplo. Como elas têm dificuldade de separar a realidade da ficção, o ideal é que os pais não as exponham a informações sobre violência e as mantenham sempre calmas, como alertou a pediatra Ana Escobar. Além disso, é importante sempre mostrar aspectos positivos e o lado bom das coisas, incentivando-as a ter pensamentos melhores.
Ansiedade (Foto: Arte/G1)
Já os adolescentes costumam sofrer com a ansiedade por causa, principalmente, do vestibular. A pressão de ter que escolher uma profissão e se dar bem nas provas é grande, como mostrou a reportagem da Carla Modena (confira no vídeo ao lado).
Se o aluno começar a ter sintomas como irritabilidade, insônia, dor de estômago frequente, mudança de peso e alteração de ciclo menstrual nas meninas, pode ser um sinal de que algo de errado está acontecendo e é preciso procurar ajuda.
A ansiedade, nesse caso, é causada pelo medo de não ser aprovado e, dentro dos limites aceitáveis, pode até ajudar no foco e na concentração. Mas se ela ultrapassa esses limites, ela pode levar ao pânico e dar aquele famoso “branco” na hora da prova.
Segundo o psiquiatra Daniel Barros, esse “branco” acontece porque o corpo entende que há uma ameaça, uma necessidade de fugir ou lutar.
Com isso, há um aumento do fluxo sanguíneo no sistema que comanda ações como correr ou brigar e, por outro lado, ocorre uma redução do fluxo sanguíneo nas atividades cerebrais responsáveis pelo raciocínio, abstração e memórias, deixando-as prejudicadas.
Os médicos falaram também sobre a ansiedade com o final do ano, principalmente por causa do excesso de tarefas. A lista de atividades é imensa: comprar presentes para a família, preparar a ceia, verificar se há tempo para viajar, entre muitas outras, como mostrou a reportagem da Daiana Garbin (confira no vídeo abaixo).
No entanto, não é todo mundo que fica assim – no caso da aposentada Maria de Lourdes da Costa, por exemplo, a organização e o planejamento durante todo o ano evitam a ansiedade.
Segundo o psiquiatra Daniel Barros, outra dica importante para controlar esse sentimento é dividir as tarefas em etapas e eleger prioridades para 2013; o resto pode ser realizado no outro ano.
Além disso, é importante evitar realizar tarefas que sejam um sacrifício – se a pessoa odeia cozinhar, não é ideal que ela prepare a ceia de Natal, por exemplo. Uma opção é encomendar o jantar, como mostrou o médico.
O problema é que o Natal costuma ser também um momento de emoções diferentes e muito misturadas, como amor, mágoa e rancor, por exemplo. De acordo com o psiquiatra, o cérebro é capaz de sentir tristeza e alegria ao mesmo tempo já que ambos são processados em áreas diferentes - isso acontece principalmente nessas ocasiões emocionalmente complexas, como as reuniões familiares.
Portanto, essa confusão de sensações é bastante normal nessa época, mas a dica do médico é priorizar sempre os motivos que dão alegrias para lidar bem com isso

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