Cientistas descobrem porque é dos carecas que elas gostam mais
Por Natasha Romanzoti em
15.10.2012
as 15:00
Uma pesquisa da Universidade da Pensilvânia (EUA) concluiu que os carecas são vistos como mais dominantes, confiantes e masculinos do que os homens com cabelo. Eles até mesmo podem ser vistos como pessoas com mais “liderança”.
No entanto, nem sempre são associados à atratividade: geralmente, os carecas são considerados menos atraentes.
O fator dominante
Uma série de estudos já analisou as características que levam as pessoas a perceberem “domínio”, de altura a postura a cor dos olhos (castanho, aparentemente, leva a uma percepção mais dominante do que azul).A maioria destes traços é fixa (você não pode mudar), mas o cabelo é particularmente interessante porque é maleável. Esse não é o primeiro estudo em que homens com a cabeça raspada são classificados como mais dominantes que os cabeludos. Ainda assim, a pesquisa é interessante porque confirma esse achado.
Os estudos
O resultado foi baseado em uma série de três estudos. No primeiro, Mannes pediu para os participantes classificarem homens em uma série de características diferentes, como dominação, atratividade, idade e força física.59 estudantes universitárias viram fotos de 25 homens, tanto negros quanto brancos. Dez dos homens tinham a cabeça raspada, enquanto os outros tinham cabelo de comprimentos diferentes, sem sinais visíveis de calvície. Os homens carecas foram consistentemente classificados como mais dominantes.
No segundo estudo, 367 adultos avaliaram oito fotografias dos mesmos homens do primeiro estudo. Metade dos participantes viram fotos originais da pessoa com seu cabelo, e a outra metade viu fotos que haviam sido modificadas para que os homens ficassem carecas.
As características dominância, masculinidade, idade, altura, força física e confiança foram classificadas mais altamente
nos homens com as fotos modificadas, ou seja, nas versões raspadas. Na verdade, os homens carecas foram vistos como quase um centímetro mais altos e 13% mais fortes do que seus colegas com cabelo. Eles também foram vistos como menos atraentes, no entanto.
No último estudo, Mannes dispensou as fotografias e 588 adultos leram uma descrição de um homem normal. Em uma versão, o homem foi descrito como tendo muito cabelo. Em outra, ele tinha cabelo naturalmente em queda (estava ficando careca), e em uma terceira versão, ele tinha a cabeça raspada.
Mais uma vez, o homem careca por escolha foi visto como mais dominante, mais masculino e mais forte, enquanto o homem ficando naturalmente careca foi mais mal classificado em características desejáveis.
Traço cultural
Mannes acredita que essa percepção – do homem careca ser mais masculino, viril – provavelmente tem a ver com estereótipos culturais. Não só nos EUA, onde a pesquisa foi feita, como no Brasil, o visual raspado tem se tornado mais comum e é predominante em profissões tradicionalmente masculinas, como militares, policiais, atletas, etc.Sem contar que atores de filmes de ação hollywoodianos, como Bruce Willis, aumentam a fama do “careca corajoso e forte”.
Por fim, a cabeça raspada também pode sinalizar que um homem é confiante o suficiente para “desistir de seu cabelo”. A escolha de se barbear voluntariamente sugere que a pessoa é segura o suficiente para não precisar de um traço tão comum quanto o cabelo. “Eles estão dispostos a dispensar este símbolo de beleza e poder”, explica Mannes.
Seria o equivalente a mulheres usando roupas e acessórios ou cortes de cabelo extravagantes: isso demonstra o quanto ela é confiante.
O pesquisador alerta que em outros lugares e países, como no Reino Unido, por exemplo, o visual careca pode ser mais associado com a cultura skinhead e, portanto, ser menos desejável.
A sugestão do pesquisar é: se você ainda quiser parecer bonito, mantenha seu cabelo. Mas se quiser parecer mais confiante ou masculino, raspe. E, se seu cabelo estiver caindo naturalmente, pode ser melhor raspá-lo, ou você corre o risco de ficar sem duas características desejáveis: atratividade e dominância.[HuffingtonPost, Guardian, LiveScience]
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