sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Perigos do álcool



Perigos do álcool


Pintou uma festa. Você chega todo animado com seus amigos e logo alguém estende a mão e oferece um copo de cerveja. A princípio, essa cena não teria nada de errado, pois, afinal de contas, todo mundo pode beber socialmente. Só que é aí que começa o perigo. Depois do primeiro copo vem o segundo, o terceiro... e quando você percebe, está bêbado.
Para muita gente isso é até motivo de comemoração, o primeiro porre com os amigos, muita história para contar, mas engana-se quem acredita que o álcool não faz mal à saúde. Apesar de existirem propagandas que tratam a bebida como algo sedutor, ela é uma droga e extremamente perigosa. A diferença do álcool para uma outra droga é que se pode consumi-lo livremente. Pela lei brasileira, menores de dezoito anos não deveriam ter acesso à bebida e não é o que acontece.
Só para se ter uma idéia, uma pesquisa do Ministério da Saúde aponta que 11,2 por cento da população brasileira têm dependência de álcool e que apenas um por cento consegue se reabilitar sozinho. O restante, que engloba desde adolescentes até adultos, precisa do apoio da família e de organizações de saúde para se curar do problema. Voltando ao histórico de cada um, a grande maioria começou a beber em festas ou em casa na companhia dos pais.
Um outro dado alarmante da Secretaria Nacional Antidrogas revela que menores de dez anos já fazem uso do álcool. Entre outros estragos que o álcool provoca, ele é o maior responsável pelos acidentes de trânsito envolvendo jovens. Por afetar a coordenação motora e o tempo de reação, muitos acidentes fatais ocorrem devido ao motorista estar sob o efeito do álcool. Dirigir bêbado é proibido por lei e a quantidade máxima da substância aceita é de 0,6 grama por litro de sangue, o equivalente a uma lata de cerveja.
Em busca de soluções
Há dois meses o governo brasileiro aprovou um projeto, que ainda vai votado em plenário, que faz restrições às propagandas de bebidas alcoólicas. O projeto prevê que os rótulos das bebidas terão de conter uma advertência sobre o consumo para menores de dezoito anos e sobre o mal que pode causar à saúde. Uma das medidas mais polêmicas é o fim da propaganda e a proibição de venda perto de escolas. Para controlar as vendas aos menores, o governo pretende usar funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para o serviço.
Mas não é apenas o governo que está se mobilizando para alertar jovens dos riscos das bebidas alcoólicas. Três universidades em São Paulo decidiram incluir uma disciplina sobre prevenção ao uso indevido de drogas (lícitas e ilícitas) no currículo de ensino. A Universidades de São Paulo (USP), a Estadual Paulista (Unesp) e a de Campinas (Unicamp) pretendem alertar os alunos. A idéia partiu da Unicamp que constatou, em um levantamento feito no ano passado, que o início do consumo de álcool tem acontecido cada vez mais cedo. No ano 2000, 92,3 por cento dos calouros que tiveram contato com álcool assumiram que beberam pela primeira vez antes dos 17 anos. Já no caso dos calouros de 2002, o número subiu para 94,5 por cento.

Conheça os efeitos no organismo
Os efeitos do álcool no organismo variam de acordo com o tipo de bebida, resistência do organismo do consumidor e freqüência no consumo. Os efeitos vão desde um mal-estar até a morte. A mistura de bebidas fermentadas com destiladas contribui para potencializar os efeitos do álcool. O consumo de bebida alcoólica causa, em um primeiro momento, euforia e desinibição. É bem possível que você já tenha ouvido algum amigo seu justificar a bebedeira com essas palavras.

Porém, quando se aumenta a dose, os efeitos passam ser mais negativos, causando problemas na coordenação motora, descontrole, sono, dor de cabeça e dificuldade de falar. Quem vive exagerando na dose corre sério risco de desenvolver doenças nos órgãos, em especial o estômago, o fígado, o coração e o cérebro. O álcool está ligado a doenças como a cirrose, gastrite, anemia e úlceras. A bebida também provoca a deficiência de vitaminas. Mulheres que consomem álcool durante gravidez podem contribuir para a formação de deficiências físicas e mentais no feto, além de aumentar a predisposição dele beber na vida adulta.
Se liga!
- Não aceite bebida de nenhum estranho, mesmo que você esteja em uma festa com um clima legal e cheio de amigos por perto. O mesmo vale para a escola, cursinhos ou locais que você freqüenta.
- Amigo que empurra bebida para o outro ou mede masculinidade pelo fato de estar segurando um copo não é amigo de verdade. Siga a sua cabeça e lembre-se dos conselhos de seus pais. Eles podem parecer caretas, mas sabem o que estão dizendo.

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