segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Nova Ordem Mundial


Nova Ordem Mundial

A Nova Ordem Mundial é atualmente caracterizada pela sua multipolaridade em termos econômicos e pela unipolaridade no plano militar.


A Nova Ordem Mundial demarca as relações internacionais de poder
A Nova Ordem Mundial é o atual panorama internacional demarcado pelas relações e disputas de poder entre os Estados Nacionais e pelas relações de equilíbrio entre eles. A emergência desse contexto é associada ao término daquilo que se convencionou chamar por Guerra Fria, em que o mundo deixou de ser considerado bipolar, recebendo novas designações.
Com os eventos que anunciaram o fim da União Soviética, a queda do Muro de Berlim e a dissolução do bloco socialista, o então presidente dos Estados Unidos em 1991, George H. Bush, anunciou a emergência de uma “nova ordem mundial”. Essa ordem seria marcada, então, pelo fim da rivalidade entre soviéticos e estadunidenses, anunciando a solidez de organizações internacionais como a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a consolidação do modelo de estruturação dos blocos econômicos, até então em ascensão.
Uma das características básicas que marcaram a transição da bipolaridade para a Nova Ordem Mundial foi a mudança do padrão internacional de poder. Antes, o poderio de uma nação era medido pela sua capacidade bélica, tanto em termos estratégicos quanto em recursos tecnológicos, nas chamadas “corrida armamentista” e “corrida espacial”. Atualmente, são os níveis de desenvolvimento econômico os principais determinantes para configurar as relações internacionais, embora o plano militar ainda exerça uma considerável influência.
Apesar disso, ainda há caracterizações da atual ordem mundial como sendo unipolar, uma vez que o poderio bélico dos Estados Unidos é absolutamente superior ao das demais nações do globo terrestre. Apesar de a Rússia ter herdado a maior parte do volumoso arsenal soviético, não se sabe a sua capacidade econômica para mantê-lo, uma vez que a tecnologia nuclear demanda muitos custos de manutenção e esse país encontrou-se nos anos 1990 em uma profunda crise econômico-social.
Por outro lado, levando em conta os critérios econômicos e as respectivas ascensões nesse campo por Japão, União Europeia e, mais recentemente, pela China, boa parte das análises afirma que a Nova Ordem Mundial é do tipo multipolar, ou seja, demarcada pela confluência de diferentes potências econômicas que estabelecem o equilíbrio das relações de poder internacionais.
Por fim, em uma perspectiva de unir essas duas concepções, fala-se de uma ordem mundial unimultipolar, ou seja, uma abordagem que não desconsidera nem o poderio econômico hegemônico dos Estados Unidos nem as novas relações econômicas mundiais.
As novas formas de regionalização do mundo
Durante o período da Guerra Fria, convencionou-se regionalizar o plano político mundial em três “mundos”. O 1º mundo seria formado pelos países capitalistas de economia desenvolvida; o 2º mundo, pelos países socialistas ou de economia planificada, e o 3º mundo, pelos países subdesenvolvidos. Além disso, com a rivalidade entre capitalistas e soviéticos, as relações de poder eram demarcadas pela oposição leste x oeste.
No entanto, a derrocada desse segundo mundo tornou tal regionalização obsoleta e sem muito sentido, pois não haveria modos de se falar de primeiro e terceiro mundos sem a existência de um segundo. Além disso, as distinções – que, como vimos, abandonaram o plano militar e agregaram o plano econômico – deixaram de ser marcadas pelo leste contra o oeste, mas passaram a ser delimitadas pela oposição norte x sul. Ao norte, temos a maioria das economias consideradas desenvolvidas e, ao sul, as economias consideradas subdesenvolvidas e emergentes. Observe o mapa a seguir:
Mapa da regionalização norte-sul, característica da Nova Ordem Mundial
Mapa da regionalização norte-sul, característica da Nova Ordem Mundial
Com isso, observamos as principais características da Nova Ordem Mundial. No entanto, é preciso observar que, por ser um contexto atual, é possível que alterações se estabeleçam, o que poderia transformar as relações de poder e, talvez, até definir a emergência de outra ordem.

Por Rodolfo F. Alves Pena

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