Nova Ordem Mundial
A Nova Ordem Mundial é atualmente caracterizada pela sua multipolaridade em termos econômicos e pela unipolaridade no plano militar.
A Nova Ordem Mundial demarca as relações internacionais de poder
A Nova Ordem Mundial
é o atual panorama internacional demarcado pelas relações e disputas de
poder entre os Estados Nacionais e pelas relações de equilíbrio entre
eles. A emergência desse contexto é associada ao término daquilo que se
convencionou chamar por Guerra Fria, em que o mundo deixou de ser considerado bipolar, recebendo novas designações.
Com os eventos que anunciaram o fim da
União Soviética, a queda do Muro de Berlim e a dissolução do bloco
socialista, o então presidente dos Estados Unidos em 1991, George H.
Bush, anunciou a emergência de uma “nova ordem mundial”. Essa ordem
seria marcada, então, pelo fim da rivalidade entre soviéticos e
estadunidenses, anunciando a solidez de organizações internacionais como
a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a consolidação do
modelo de estruturação dos blocos econômicos, até então em ascensão.
Uma das características básicas que
marcaram a transição da bipolaridade para a Nova Ordem Mundial foi a
mudança do padrão internacional de poder. Antes, o poderio de uma nação
era medido pela sua capacidade bélica, tanto em termos estratégicos
quanto em recursos tecnológicos, nas chamadas “corrida armamentista” e
“corrida espacial”. Atualmente, são os níveis de desenvolvimento
econômico os principais determinantes para configurar as relações
internacionais, embora o plano militar ainda exerça uma considerável
influência.
Apesar disso, ainda há caracterizações da atual ordem mundial como sendo unipolar,
uma vez que o poderio bélico dos Estados Unidos é absolutamente
superior ao das demais nações do globo terrestre. Apesar de a Rússia ter
herdado a maior parte do volumoso arsenal soviético, não se sabe a sua
capacidade econômica para mantê-lo, uma vez que a tecnologia nuclear
demanda muitos custos de manutenção e esse país encontrou-se nos anos
1990 em uma profunda crise econômico-social.
Por outro lado, levando em conta os
critérios econômicos e as respectivas ascensões nesse campo por Japão,
União Europeia e, mais recentemente, pela China, boa parte das análises
afirma que a Nova Ordem Mundial é do tipo multipolar,
ou seja, demarcada pela confluência de diferentes potências econômicas
que estabelecem o equilíbrio das relações de poder internacionais.
Por fim, em uma perspectiva de unir essas duas concepções, fala-se de uma ordem mundial unimultipolar,
ou seja, uma abordagem que não desconsidera nem o poderio econômico
hegemônico dos Estados Unidos nem as novas relações econômicas mundiais.
As novas formas de regionalização do mundo
Durante o período da Guerra Fria, convencionou-se regionalizar o plano político mundial em três “mundos”. O 1º mundo seria formado pelos países capitalistas de economia desenvolvida; o 2º mundo, pelos países socialistas ou de economia planificada, e o 3º mundo,
pelos países subdesenvolvidos. Além disso, com a rivalidade entre
capitalistas e soviéticos, as relações de poder eram demarcadas pela oposição leste x oeste.
No entanto, a derrocada desse segundo
mundo tornou tal regionalização obsoleta e sem muito sentido, pois não
haveria modos de se falar de primeiro e terceiro mundos sem a existência
de um segundo. Além disso, as distinções – que, como vimos, abandonaram
o plano militar e agregaram o plano econômico – deixaram de ser
marcadas pelo leste contra o oeste, mas passaram a ser delimitadas pela oposição norte x sul.
Ao norte, temos a maioria das economias consideradas desenvolvidas e,
ao sul, as economias consideradas subdesenvolvidas e emergentes. Observe
o mapa a seguir:
Mapa da regionalização norte-sul, característica da Nova Ordem Mundial
Com isso, observamos as principais
características da Nova Ordem Mundial. No entanto, é preciso observar
que, por ser um contexto atual, é possível que alterações se
estabeleçam, o que poderia transformar as relações de poder e, talvez,
até definir a emergência de outra ordem.
Por Rodolfo F. Alves Pena
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