Astrônomos ucranianos descobrem asteroide que talvez acerte a Terra em 2032
Por Cesar Grossmann em
18.10.2013
as 12:58
No dia 16 de setembro, o asteroide recentemente descoberto 2013 TV135 aproximou-se da Terra, chegando a meros 6,7 milhões de quilômetros. Não seria motivo de preocupação não fosse o tamanho dele, estimado em cerca de 400 metros.
A órbita do asteroide, que foi descoberto em 8 de outubro por astrônomos do Observatório Astrofísico da Crimeia, na Ucrânia, passa de 3/4 da órbita de Júpiter até a órbita da Terra. É o 10.332º objeto próximo à Terra a ser descoberto.
Com uma semana de observações, chegou-se a uma previsão da órbita do asteroide. Nesta órbita, no ano 2032, mais precisamente em 26 de agosto de 2032, há uma chance em 63.000 de que a Terra esteja no meio do caminho do asteroide. Ou, para os otimistas, a chance é de 99,998% do asteroide errar a Terra em 2032.
Por enquanto, ainda não há motivos para pânico. As informações que temos do objeto o colocam no grau 1 da escala de Turim, o que significa que é “uma descoberta rotineira em que está prevista uma passagem próxima à Terra, mas que não apresenta nenhum perigo. Os cálculos atuais mostram que a chance de colisão é extremamente improvável e não há motivo para preocupação do público. Novas observações provavelmente vão fazer com que o objeto seja reclassificado como nível 0″.
Don Yeomans, gerente do Programa de Objetos Próximos à Terra da NASA, apontou que “esta é uma descoberta relativamente nova. Com mais observações, eu espero que seja bastante reduzida, ou mesmo descartada totalmente, qualquer probabilidade de impacto no futuro previsível”.
2013 TV135 é considerado potencialmente perigoso porque sua órbita o traz a uma distância menor que 7,5 milhões de quilômetros da órbita da Terra. Essa distância pode chegar a 1,7 milhões de quilômetros.
Outro fator que influencia na classificação de risco é o tamanho do asteroide: quanto maior, maior a energia com que ele pode atingir a Terra. O asteroide TV135 pode nos atingir com uma energia de 2.500 megatons, 50 vezes mais poderoso que a mais poderosa bomba atômica já detonada pelo homem. [io9, NASA]
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