Camada de Ozônio, poluição, Chuva ácida e as plantas

outubro 14, 2013 por Ingrid Alcântara Deixar comentário

Assim como os pulmões humanos, as folhas funcionam trocando gases com a atmosfera e em ambientes poluídos, sofrem do mesmo jeito, ficando doente e até morrendo por causa disso.

Partículas suspensas no ar

O ar que respiramos pode conter partículas suspensas no ar diversas como poeira, pólen, fuligem, fumaça, líquidos, vapor. O ar poluído pode conter diversas partículas sendo elas partículas orgânicas ou partículas inorgânicas.

Céu de Los Angeles (São Paulo do Hemisfério Norte)

As partículas orgânicas são aquelas que entram na atmosfera a partir de queima de combustíveis fósseis, vegetação (incêndios florestais naturais), lixo, etc. As partículas inorgânicas, são aquelas dos fornos de cimento quando se está produzindo, ou partículas depositadas na atmosfera vinda de combustíveis que contém chumbo. Essas partículas também tem efeitos danosos diretos nas plantas, como obstruindo os estômatos (por onde a planta “respira” ou onde ocorre a troca de gases e água) impedindo o funcionamento dele o entupindo ou, se for das partículas metálicas, atuam como veneno para as plantas. Podem agir diretamente ou através da chuva ácida, danificando as plantas e contaminando solos. Pode agir indiretamente também, fazendo com que reduzam a quantidade de luz solar que entram na superfície da terra. Essas partículas são componente do SMOG.

SMOG fotoquímico

SMOG Fotoquímico

Acontece mais pelas bandas da América do Norte. É a ação da luz solar diretamente sobre as descargas de automóveis, os que saem do escape. Acontece muito em locais onde há muita circulação de automóveis e que são locais fechados, seja por prédios ou por montanhas ao redor da cidade e isso é muito perigoso. O sol bate na camada poluía e os componentes reagem. Nesse SMOG fotoquímico, tem por principal componente o dióxido de nitrogênio NO2 produzido por combustão ao ar livre, contém cerca de 77% de nitrogênio, está presente nas descargas de automóveis. Quando na atmosfera, essas químicas que saem dos carros reagem com a luz solar, o dióxido de nitrogênio NO2 é quebrado e formado o Oxido nítrico e o Oxigênio atômico. O Oxigênio atômico reage com o oxigênio molecular da atmosfera e forma o ozônio O3. O ozônio estando na atmosfera é muito tóxico e age diretamente nas plantas prejudicando as células do mesófilo (mas ele na estratosfera protege a terra dos raios UV).
Quando produzido o SMOG fotoquímico, também é formado o PAN (Nitrato de Peroxiacetila C2H3O5N) que é uma substância altamente tóxica, mais que o Ozônio, mas se encontra no SMOG em quantidades menores, mas também é preocupante.
O SMOG fotoquímico, no qual é composto pelas substâncias que falamos anteriormente, contribui para a redução da fotossíntese nas plantas e destrói as florestas nas adjacências.

Raios ultravioletas (UV)

 

Já foi muito falado na mídia e parece que hoje em dia esqueceram-se, mas continua sendo de preocupação para o Meio Ambiente. Ela vem aumentando sua presença na terra por causa dos danos à camada de Ozônio, camada esta que funciona como uma capa protetora impedindo que os raios ultravioletas muito danosos entrem demasiadamente na atmosfera e atinja as células dos organismos, prejudicando-os ou derretendo o gelo e aumentando o nível do mar. Nos humanos, esses raios em excessos pode causar catarata, câncer de pele, problemas no sistema imunológico, prejuízo às áreas suscetíveis a agricultura diminuindo-a. etc. Aqui na terra o Ozônio é danoso mas ele estando na camada de ozônio na estratosfera é benéfico por causa disso, por causa de sua atuação para fechar a terra contra a entrada de raios ultravioletas.

CFC’s – Clorofluorcarbono

Os clorofluorcarbonos são substâncias que quando usadas com responsabilidade, são seguras e não causam nenhum dano ao Meio Ambiente. O que acontece é que por causa da irresponsabilidade do homem, ela por acidente acaba saindo à Atmosfera, sobem para a estratosfera e quando chega na camada de ozônio, aquela camada que protege a terra dos raios ultravioletas se quebram e liberam o cloro que degrada as moléculas de Ozônio, e esta camada vai ficando mais delgada, fina.
Vemos nos últimos anos que a mídia esteve tocando muito no assunto, bem como a comunidade científica, chegando até a ser tema de questões no ENEM por diversas vezes, a causa dos danos na camada de Ozônio, mas desde 1985 que a população mundial foi alertada sobre isso, e só viemos notar que isso é preocupante há pouco tempo. Mas em 1973, três estudiosos já tinham descoberto o problema, e chegaram até a ganhar o premio nobel de química mais tarde, em 1995 como reconhecimento do trabalho. São eles, Rowland, Crutzen e Molina.
A partir da descoberta, disseminação e depois reconhecimento dos profissionais que descobriram, autoridades abriram os olhos e criaram um tratado. Quando foi em 1989, um tratado mundial foi acordado entre vários países, chamado protocolo de Montreal, cujo objetivo era a proteção da camada de Ozônio. Tem como objetivo fazer um pacto com vários países para eliminar gradualmente a partir de 1996 a produção de CFC’s. As nações desse pacto que eram desenvolvidas, tinha mais dinheiro, forneceram um fundo para que outras nações pudessem sobrepor o prejuízo que tivesse caso os CFC’s fosse tirado da indústria (muita usado em geladeiras). Mesmo assim a camada de Ozônio continua a diminuir pelo que já foi usado. Mesmo com substâncias seguras sendo usadas na indústria, isso ainda continua crescendo de forma vertiginosa. Seu tamanho em 2003 já era de 11,1 milhões de milhas quadradas. Em setembro de 2011, o tamanho era de 26 milhões de quilômetros quadrados. O que está sendo feito hoje em dia, e o que já se foi feito pela camada de Ozônio leva pelo menos 40 anos para começar a ter efeito, e o que está destruindo ela hoje em dia foi o que se foi usado a muitos anos atrás.

Chuva ácida

A água da atmosfera reage com gases que estão na atmosfera quando se precipitam em chuva, gases estes como o dióxido de enxofre e óxido de nitrogênio e formam ácidos fortes como o ácido sulfúrico e ácido nítrico. As chuvas formadas em áreas que contém essas substâncias costumam ter o PH abaixo de 5,6 e em áreas que não tem poluição, acima de 5,6. Certas áreas do planeta tem chuvas ácidas que variam entre PH 4 a 4,5, considerado muito forte. As indústrias, com o objetivo de dispersar os gases que soltam a atmosfera constroem altas chaminés, para que os gases vão para longe e que não polua o ar perto onde vivem e isso vem causando hoje em dia a chuva ácida. É certo que as indústrias poluem, mas elas precisam de queimar para produzir matéria prima para a criação de muitas coisas que precisamos no dia a dia. O que está em jogo é o planeta e está sendo mais controlada a emissão de poluentes na atmosfera hoje em dia.

Danos da chuva ácida nas plantas

Nas folhas de árvores em florestas é visível em algumas ter um aspecto queimado ou com manchas redondas. As que estão com aspecto queimado, geralmente aparecem nas partes altas das folhas, nas partes de alto relevo onde a água quando cai bate. Já nas folhas danificadas pelo Ozônio, ficam bolinhas de manchas que em certos casos atravessam a folha e dá pra ver de um lado e do outro. No nosso pulmão é odo mesmo jeito que o ozônio faz, prejudica quando consegue penetrar.

Há países que reduzem a colheita do trigo e do arroz por causa dos danos relacionados à chuva ácida. É perceptível pelos produtores porque os danos às plantas nesses países são maiores em época de chuva. Mas não é só nas plantas que a chuva ácida danifica. Monumentos históricos e pinturas também tem sido degradados com o tempo por causa da chuva ácida.
Já houve até aprovação de lei em 1970 para a diminuição da emissão de poluentes que causam a chuva ácida (principalmente o SO2 Dióxido de Enxofre), mas para desespero da comunidade científica, não foi visto resultado posteriormente, ou seja, as chuvas continuaram em certas áreas a terem PH menor que 5,6.
Fontes consultadas: Biology of plants 2007 Peter H. Raven – Ray F. Evert – Susan E. Eichhorn

Escrito por: Ingrid Alcântara em outubro 14, 2013.