Maconha
A maconha é um preparado que tem como matéria-prima
folhas e flores secas da planta Cannabis sativa.
folhas e flores secas da planta Cannabis sativa.
Maconha é o nome dado às flores e folhas secas da planta Cannabis sativa,
preparadas para, geralmente, serem utilizadas em cigarros artesanais.
Uma das substâncias presente nesse preparado é a
delta-9-tetrahidrocanabinol, também conhecida por THC, principal
responsável pelos efeitos que a maconha proporciona a seus usuários.
Essa planta cresce naturalmente em muitos países e, no passado, seu
plantio era incentivado em virtude da utilização de seus talos na
fabricação de papéis, cordas e tecidos. Antigas civilizações também
consideravam a planta para rituais religiosos e fins terapêuticos; e
esse hábito perdurou até a adoção da morfina para os mesmos fins. No
Brasil, provavelmente chegou juntamente com os escravos, sendo
amplamente utilizada por eles e grupos indígenas.
A sensação de leveza, bem-estar e sonolência são as manifestações mais
recorrentes do uso da maconha. Além disso, a pessoa costuma rir com mais
facilidade, e ter seus sentidos mais aguçados. Os olhos ficam
vermelhos, a salivação se torna bem menor, o coração dispara, e a pessoa
sente bastante fome. A percepção de tempo e de espaço se apresenta
distorcida, assim como a memória recente. Em pessoas com problemas
psiquiátricos, tais sintomas tendem a se acentuar.
Em doses mais altas, a pessoa pode ter delírios e alucinações. Algumas
pessoas, no decorrer dos anos de uso, podem desenvolver dependência e
também tolerância. Entretanto, é muito rara a manifestação de sintomas
físicos, ao ser suspendido o seu uso. Estudos apontam que, em longo
prazo, a maconha pode provocar alterações hormonais, na memória, e perda
de interesse - inclusive pelas atividades que outrora lhe
proporcionavam prazer.
Outro problema consiste no fato de que essa droga pode ser porta de
entrada para inúmeras outras. Além disso, por interferir na
concentração, deixa o sujeito mais propenso a passar por contratempos,
como acidentes de trânsito. Há também riscos de consequências
decorrentes do hábito de fumar propriamente dito, como problemas
respiratórios e câncer, já que a maconha possui maiores concentrações de
alcatrão, substância que possui um agente cancerígeno, o benzopireno.
Não podemos nos esquecer, também, de que esses “preparados” geralmente
não vêm “puros”, ou seja: não há ali somente flores e folhas secas da C. sativa e, dessa forma, existem riscos de intoxicação e/ou contaminação sem, ao certo, se saber qual foi a sua causa.
Apesar dos fatos expostos, muitos pesquisadores acreditam que os
efeitos e consequências da maconha são proporcionalmente iguais ou até
menores que os do álcool e cigarro. Além disso, algumas pessoas, como o
jurista Wálter Maierovitch, especialista em tráfico de entorpecentes e
ex-secretário nacional antidrogas, acreditam que sua proibição está mais
relacionada a um contexto cultural, político e econômico adotado no
passado e que persiste até hoje. Por esses motivos e pelo fato de a
planta ser matéria-prima para muitos fins, como fabricação de roupas,
papéis e combustíveis, existem pessoas que defendem a descriminalização
da maconha.
Por Mariana Araguaia
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