6 cidades que foram completamente “movidas”
Por Guilherme de Souza em
5.10.2013
as 13:00
Se você já acha trabalhoso mudar de casa,
agradeça por não ter que levá-la junto: seja por causa de desastres
ambientais ou perigo potencial, pelo menos seis cidades nos últimos dois
séculos tiveram que ser “transferidas”, em operações que custaram
fortunas e muitas horas de trabalho.
Abaixo de Kiruna está um dos maiores depósitos de minério do mundo e, para o azar da população, a exploração foi feita sem cuidado, o que comprometeu o terreno e colocou toda a cidade em risco.
Pouco a pouco, as estruturas de Kiruna estão sendo movidas para um
local seguro (4 km da localização atual). Até agora, o projeto custou
mais de R$ 1 bilhão – e, até sua conclusão, a despesa pode dobrar.
Décadas antes do projeto de Kiruna, a cidade de Hibbing, no estado de Minnesota, entrou em risco por causa de mineração abusiva: no final da década de 1910, a população teve que mover suas casas por quilômetros, pois o terreno original já não era seguro.
Naturalmente, eles tiveram de se virar com muito menos recursos do que o governo da Suécia: cavalos, tratores, máquinas a vapor e trabalho braçal.
Nos anos 1950, a cidade de Tallangatta foi deslocada para permitir a expansão de uma represa – uma solução mais criativa do que dar auxílio financeiro à população para se mudar, convenhamos.
Atingida pelo ciclone mais intenso da história do país, em 1900, Galveston, no estado do Texas, não foi exatamente “realocada”, mas re-erguida: muitos moradores ergueram plataformas e aproveitaram ao máximo o que sobrou das construções originais para reconstruir suas casas.
Até mesmo a grande catedral da cidade foi reconstruída, demandando 35 dias de trabalho e uma nova fundação para preservar a estrutura que “sobreviveu” à tempestade.
Localizada ao lado de um aeroporto, Minor Lane Heights era um bom lugar para morar, exceto pelo barulho infernal (e constante) dos aviões. Em um acordo curioso, a cidade foi “comprada” pelos donos do aeroporto, e o dinheiro serviu para custear a construção de uma nova cidade a cerca de 8 km que imitava a estrutura de Minor Lane Heights, batizada de Heritage Creek.
A ideia era que, dessa forma, a população poderia permanecer unida (vale dizer que a cidade tinha apenas 552 famílias e uma estação policial).
Nas proximidades de Morococha, há uma montanha com a maior (até onde se sabe) reserva de cobre do mundo. A exploração da reserva, contudo, liberou resíduos tóxicos em diversas áreas da cidade.
Para resolver a situação, um conglomerado de mineração chinês começou a construir a Nova Cidade de Morococha, a cerca de 8 km do local. Depois que a população se mudar para lá, a original será demolida.
No Brasil, o caso mais próximo de “transferência de cidade” é o de Água Preta, em Pernambuco, que foi parcialmente destruída por enchentes. As casas dessa região estão sendo reconstruídas em um lugar mais seguro, não muito longe da cidade. [Gizmodo]
Edit: O leitor José Conde Miranda apontou mais um caso brasileiro:
“Água Preta não foi o único fato mais próximo aqui no Brasil. No Ceará, a cidade de Jaguaribara foi inundada pelas águas do açude Castanhão e por isso foi construída a cidade de Nova Jaguaribara. Tanto a abertura das comportas do açude como a construção da cidade foram 100% planejados”.
6. Kiruna (Suécia)
Abaixo de Kiruna está um dos maiores depósitos de minério do mundo e, para o azar da população, a exploração foi feita sem cuidado, o que comprometeu o terreno e colocou toda a cidade em risco.
5. Hibbing (EUA)
Décadas antes do projeto de Kiruna, a cidade de Hibbing, no estado de Minnesota, entrou em risco por causa de mineração abusiva: no final da década de 1910, a população teve que mover suas casas por quilômetros, pois o terreno original já não era seguro.
Naturalmente, eles tiveram de se virar com muito menos recursos do que o governo da Suécia: cavalos, tratores, máquinas a vapor e trabalho braçal.
4. Tallangatta (Austrália)
Nos anos 1950, a cidade de Tallangatta foi deslocada para permitir a expansão de uma represa – uma solução mais criativa do que dar auxílio financeiro à população para se mudar, convenhamos.
3. Galveston (EUA)
Atingida pelo ciclone mais intenso da história do país, em 1900, Galveston, no estado do Texas, não foi exatamente “realocada”, mas re-erguida: muitos moradores ergueram plataformas e aproveitaram ao máximo o que sobrou das construções originais para reconstruir suas casas.
Até mesmo a grande catedral da cidade foi reconstruída, demandando 35 dias de trabalho e uma nova fundação para preservar a estrutura que “sobreviveu” à tempestade.
2. Minor Lane Heights (EUA)
Localizada ao lado de um aeroporto, Minor Lane Heights era um bom lugar para morar, exceto pelo barulho infernal (e constante) dos aviões. Em um acordo curioso, a cidade foi “comprada” pelos donos do aeroporto, e o dinheiro serviu para custear a construção de uma nova cidade a cerca de 8 km que imitava a estrutura de Minor Lane Heights, batizada de Heritage Creek.
A ideia era que, dessa forma, a população poderia permanecer unida (vale dizer que a cidade tinha apenas 552 famílias e uma estação policial).
1. Morococha (Peru)
Nas proximidades de Morococha, há uma montanha com a maior (até onde se sabe) reserva de cobre do mundo. A exploração da reserva, contudo, liberou resíduos tóxicos em diversas áreas da cidade.
Para resolver a situação, um conglomerado de mineração chinês começou a construir a Nova Cidade de Morococha, a cerca de 8 km do local. Depois que a população se mudar para lá, a original será demolida.
Extra: Água Preta (Brasil)
No Brasil, o caso mais próximo de “transferência de cidade” é o de Água Preta, em Pernambuco, que foi parcialmente destruída por enchentes. As casas dessa região estão sendo reconstruídas em um lugar mais seguro, não muito longe da cidade. [Gizmodo]
Edit: O leitor José Conde Miranda apontou mais um caso brasileiro:
“Água Preta não foi o único fato mais próximo aqui no Brasil. No Ceará, a cidade de Jaguaribara foi inundada pelas águas do açude Castanhão e por isso foi construída a cidade de Nova Jaguaribara. Tanto a abertura das comportas do açude como a construção da cidade foram 100% planejados”.
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