quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Carga tributária no Brasil


IBPT na Imprensa

Brasil tem a 12ª maior carga tributária do mundo e o pior retorno à população

''No que diz respeito à tributação o Brasil é um Robbin Hood pra lá de estranho: toma de todos e não divide com ninguém, porque aqui padecemos sob uma das maiores cargas tributárias do Globo e o retorno é um ultraje.''
Fonte: Cenário MT
Brasil tem a 12ª maior carga tributária do mundo e o pior retorno à população
Publicado Quinta-Feira, 26 de Setembro de 2013, às 06:00 | Por José Boas Colunista CenárioMT

Como se já não bastasse o Brasil ser conhecido mundialmente como um dos países com maior carga tributária do planeta, recente pesquisa demonstra que ele subiu seis posições no ranking, atingindo agora a décima segunda posição.
Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT – em 2009 a quantidade de impostos paga pelos brasileiros chegou à marca de 34,5% do PIB e em 2012 avançou para a marca dos 36,02% o que quer dizer que, dos R$ 4,4 trilhões produzidos pelo Brasil no ano passado, aproximadamente R$ 1,6 trilhão foi parar nas mãos de prefeituras, estados e União em forma de arrecadação tributária.
Com isso, o Brasil saltou da 18ª em 2008 para a 14ª posição em 2010 e, agora, ocupa o 12ª posto, perdendo para países europeus, altamente desenvolvidos, como é o caso da Dinamarca (48,2%), Suécia (46,4%), Itália (43,5%) e Bélgica (43,2%). Só que, “ao contrário do Brasil, esses países prestam serviços públicos de qualidade à população sem que ela precise recorrer à iniciativa privada”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Mato Grosso do Sul – FIEMS – Sérgio Longen, que acrescenta: “Se é para o Brasil ser comparado aos países europeus, que não seja apenas no percentual elevado de sua carga tributária, mas sim e, primordialmente, na qualidade de serviços públicos prestados”.
“Se é para o Brasil ser comparado aos países europeus, que não seja apenas no percentual elevado de sua carga tributária, mas sim e, primordialmente, na qualidade de serviços públicos prestados” - Sérgio Longen - FIEMS
Transformado este esforço tributário em período de trabalho, o brasileiro dispõe de cinco meses do ano somente para custear a cobrança de impostos, outros cinco meses para pagar ao setor privado todos os serviços que o governo lhe cobra, mas não oferece e lhe resta dois meses para guardar dinheiro para si.
Isso acaba por refletir outro sentimento dos brasileiros que foi levado às ruas este ano durante as manifestações que pararam o Brasil: a desproporcional relação entre o que os governos arrecadam em impostos e o pouco que a população recebe de volta.
O mesmo relatório do IBPT, afirma que, embora o Brasil não tenha nominalmente a maior carga tributária do mundo, ao oferecer o pior retorno em serviços para a população, acaba se tornando o país com a carga tributária mais onerosa. “É como entrar em uma sapataria, escolher o calçado, pagá-lo à vista e não poder levar o produto para casa”, compara Cláudio da Silva Menezes, o "Príncipe", líder da Ala Restauradora do PHS-DF.
O Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade (Irbes) do Brasil não passa dos 135,63 pontos, muito aquém de outros países com o mesmo grau de desenvolvimento econômico e social listados no ranking, sendo a menor taxa entre os 30 países com a maior carga tributária do mundo. “O estudo mostra que está na hora da população cobrar melhor aplicação dos impostos. O volume de recurso é grande. Neste ano, o país arrecadará mais de R$ 1,5 trilhão. O problema é o retorno, que é pior do que em países como Argentina e Uruguai, que têm cargas menores, mas oferecem melhores serviços”, destaca o presidente do IBPT, João Eloi Olenike. Segundo ele, “esse problema tem tudo a ver com as manifestações. Se o cidadão paga caro de impostos, ele tem direito a educação, segurança, saúde, habitação e boas estradas sem pagar pedágio”.
Olenike destaca um fato que é comprovável por todos que moraram e trabalharam no exterior por algum tempo. Nos Estados Unidos, na Austrália, Dinamarca, Suécia, Inglaterra e Japão, por exemplo, muito embora o custo tributário ao cidadão seja elevado, o retorno é satisfatório. Pelo estudo do IBPT, esses países têm carga tributária que variam de 25%  a quase 50% do PIB, mas oferecem um índice de retorno (IRBES) muito maior do que o do Brasil.
“Tudo isso que estamos vendo nas ruas é reflexo do dinheiro mal usado. A carga tributária tinha que ser mais justa e os serviços mais eficientes”, ressalta o Professor Valter Victoriano, da Fumec.
 http://cenariomt.com.br/noticia.asp?cod=317028&codDep=22 

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